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Que o amor possa fluir em nosso ser nos dando capacidade de sabedoria e discernimento. Que todos possamos nos unir e levarmos a luz nesta corrente chamada vida.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Tu B’Shvat - Ano Novo das Árvores


Tu B’Shevat: Celebrating Pleasure

A celebração de Tu B’Shvat - o 15º dia do mês de Shevat (Aquário) no calendário kabbalístico – não é mencionado na Bíblia. A referência mais antiga é encontrada no Talmud, onde Tu B’Shvat é chamado “o ano novo das árvores”. O Talmud atribui significância a esta data apenas em termos de implicações legais de tomar o dízimo (10%) dos frutos. No entanto, a mais de 400 anos atrás, os Kabbalistas de Safed revelaram o significado profundo de Tu B’Shvat. Eles nos ensinaram que Tu B’Shvat é uma abertura cósmica para corrigir a transgressão de Adão e Eva. Incrivelmente, através do simples ato de comer frutas durante um jantar festivo em Tu B’Shvatsomos capazes de contribuir com esta correção cósmica.
O Zohar chama essa abertura de vinte e quatro horas de Ano Novo das Árvores. É o momento em que o reino vegetal recebe de novo a energia de crescimento, perseverança e firmeza. Conecte-se com essa energia. Aprenda a consciência que está por trás e descubra maneiras de superar seus obstáculos e vencer aquilo que o deixa para baixo.
Acesso online gratuito (Sábado | 26 de Janeiro | 19h00)
Vamos explorar a transgressão de Adão e Eva, e então poderemos entender o significado místico da festividade de Tu B’Shvat, e porque celebramos comendo frutas.
A Torah diz que D-us colocou Adão e Eva no jardim “para trabalhar e protegê-lo”. Os kabbalistas nos ensinam que isto se refere aos “faça” e “não faça” – as mitzvot positivas e as mitzvot negativas – da Torah. Adão e Eva receberam poucas coisas para fazer: comer de todas as árvores do jardim. E eles apenas não podiam – sua única proibição – apenas não comer do fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Do que isto se trata?
A Torah ensina que D-us criou o mundo para que possamos experimentar o bem em geral e Seu bem em particular. Experimentar Seu bem – adesão com D-us – é um prazer imenso inimaginável. D-us nos capacita para nos aderir a Ele servindo o Seu propósito da criação. Assim como quando fazemos pelos outros, nos sentimos conectados com eles, assim, também, servindo D-us nos permite nos aderir (ligar) com Ele. Ironicamente, servir a D-us é realmente um auto-serviço – profundamente satisfatório e prazeroso.
Se comermos com alegria e desfrutarmos dos frutos deste mundo pelo bem de D-us – pois isto é o que Ele nos pede – então estaremos realmente servindo a D-us e nos aderindo a Ele. Servimos a D-us reconhecendo que os frutos deste mundo são Suas dádivas para nós e ao voluntariamente aceitar e desfrutar destas dádivas.
A raiz da vida Kabbalística é, de fato, o desfrutamento – o prazer de se conectar com D-us. Nos conectamos com D-us ao servi-Lo, e isto significa cumprindo Seus preceitos e desfrutando dos frutos deste mundo.
Enquanto no Jardim do Éden, toda a obrigação de Adão e Eva era desfrutar de todos os frutos exuberantes com exceção de um fruto proibido. Certamente, eles foram atrás deste. Este delito demonstrou sua orientação confusa com o verdadeiro significado de prazer. Ao invés de ver os frutos como prazerosos porque eles são dádivas de D-us e desfrutá-los como parte de seu serviço ao Criador, eles queriam participar de forma independente de D-us, de fato, contrário a Sua vontade.
A Arte de Receber
Como já explicamos, o verdadeiro prazer é experimentar uma conexão com o Criador. Desfrutamos este prazer espiritual derradeiro quando desfrutamos dos prazeres físicos do mundo como parte de nosso serviço divino. Então, o ato de receber e desfrutar das dádivas de D-us é incrivelmente transformado em um ato altruísta de servir ao Criador.
The Mystic Fruits of Israel
Podemos entender agora que o Criador apenas queria ao dar a Adão e Eva estas duasmitzvot dar a eles o prazer total – a adesão com Ele. O verdadeiro prazer não está no sabor dos frutos, mas em comer e desfrutar destas dádivas do Criador. Esta é a forma de servir e se conectar com Ele – O Prazer Total.
Mas Adão e Eva não entenderam isto. Eles não viram o prazer físico como um condutor para o prazer espiritual da adesão com o Criador. Ao invés, eles procuraram prazer independente do Criador.
Esta é a raiz de todos os delitos. Vemos os prazeres deste mundo como uma dádiva do Criador, desfrutando-os em serviço ao Criador, e usando-os como condutores para uma conexão com o Criador? Ou, buscamos prazer independente de alguma conexão com o Criador? Em outras palavras, é o prazer sobre nós, ou é o prazer sobre o nosso relacionamento com o Criador?
Há uma diferença fundamental entre ter prazer e receber prazer.  Se queremos ter  prazer, não importa de onde vem. Ter prazer é vazio de qualquer conexão com a realidade maior que nós mesmos. É simplesmente um desejo egoísta de experimentar uma experiência de um prazer particular para meu próprio bem. Receber prazer, no entanto, é enraizado no desejo da alma de servir o propósito do Criador, que é receber o prazer total da conexão com Ele.
Adão e Eva comeram do fruto proibido, pois eles estavam totalmente confusos sobre seu propósito na terra e, consequentemente, o que é verdadeiramente prazeroso neste mundo.Eles não tinham a menor ideia do que traria a eles significado e prazer na vida.
Segundo o erro fatal de Adão e Eva, D-us os disse, “Como vocês comeram da árvore que eu vos ordenei a não comer, a terra será amaldiçoada”. D-us não estava punindo a terra por causa da transgressão de Adão e Eva, ao invés, Ele estava os informando que sua orientação distorcida em direção aos prazeres físicos transformou a terra em uma fonte de maldição ao invés de benção para eles e seus descendentes.
Dependendo de como vemos o mundo físico, ele é amaldiçoado ou abençoado. Se olharmos para o mundo físico como um condutor para uma conexão com o Criador, e se, como um serviço ao Criador, nós graciosamente recebemos Sua dádiva dos frutos deliciosos, nós portanto experimentamos Sua presença e o mundo físico torna-se abençoado. O mundo físico então se torna uma ponte entre o humano e o divino. Mas se fixarmos no físico, independente de qualquer relaão com o Criador, e erroneamente percebermos este mundo como a fonte do nosso prazer ao invés de uma ponte com o Criador, então este mundo se torna uma barreira com o Criador e uma maldição para nós.
Agora que entendemos a transgressão de Adão e Eva, podemos começar a apreciar como podemos contribuir para esta correção em Tu B’Shevat.
Em Tu B’Shevat, a nova seiva começa a subir nas árvores. E trazemos abundância a este processo quando celebramos Tu B’Shevat.
O Talmud diz que mais do que um beber quer mamar, uma mãe quer nutri-lo. A mão não apenas recebe um prazer tremendo ao nutrir seu bebe, mas o fluxo de leite é gerado pela sucção. Quanto mais o bebe quer mamar, mais leite a mão tem que dar. Este princípio também se aplica com nosso relacionado com o Criador.
D-us quer nos dar os maiores de todos os prazeres que é uma conexão com Ele. Mas se não reconhecermos que este é o maior prazer, e não quisermos isto, então Ele não pode nos dar. Claro, D-us poderia nos dar, mas seria um desperdício, pois não reconhecemos isto pelo que é.
O Poder de Uma Benção
Em Tu B’Shevat, tentamos corrigir a transgressão de Adão e Eva quando desfrutamos dos frutos da terra precedidos por uma recitação de uma benção apreciativa para D-us – “Bendito sejas Tu, Senhor…” em outras palavras, “D-us, Tu és a fonte desta benção”.
Uma maçã não é apenas uma maçã, uma maçã é uma benção. Talvez eu possa acreditar que as maçãs vem das árvores, mas uma benção pode vir apenas do Criador. Se eu realmente contemplar o mistério e o milagre do sabor, fragrância, beleza e nutrição embrulhado nesta maçã, eu vejo que há mais que apenas um fruto. – é uma dadiva maravilhosa do amor do Criador. Quando eu provo uma maçã com este tipo de consciência, eu não posso deixar de experimentar a presença do Criador dentro do físico. Quando eu recito uma benção antes de comer eu reconheço-a, e o prazer sensual transiente do alimento é transformado, pois ele é preenchido com o prazer espiritual eterno. O alimento então alimenta não apenas meu corpo mas também a minha alma. No entanto, quando eu como sem uma benção, é como se eu roubasse a comida. Talvez ela vá nutrir e trazer prazer ao meu corpo, mas não para minha alma. A alma é apenas nutrida quando experimenta sua conexão eterna com o Criador.
Tu B’Shevat é uma abertura cósmica para celebrar como comer e desfrutar dos frutos das árvores pode ser uma ponte com o Criador, e como pode trazer de volta a benção para a terra.
Quando desfrutamos dos frutos do ano passado como dádivas maravilhosas do Criador e afirmamos nosso anseio pela presença do Criador manifesta no fruto, somos como bebes mamando o leite da sua mãe com grande apetite. Trazemos grande abundância do “leite da terra” – a seiva das árvores se elevam com grande abundância, de modo que elas deem muitos frutos no ano seguinte.
Ao contrário de Adão e Eva que procuraram o prazer separado do Criador e que transformou o prazer físico em uma barreira com o Criador, nós – em Tu B’Shvat - desfrutamos dos frutos que o Criador nos deu e experimentamos seus prazeres como uma conexão com o Criador. Desta forma corrigimos a transgressão de Adão e Eva. Libertamos a terra de ser uma maldição para nós – uma barreira com o Criador. Transformamos-a em uma ponte, para que torne-se uma fonte de bençãos e o Criador dê prazer.
Seder
O Seder, que em Hebraico significa ordem, é uma refeição que fazemos no dia de Tu B’Shvat, que este ano ocorrerá no dia 25/26 de Janeiro, num Shabbat.
Neste caso, incorporamos o seder em uma das refeições do Shabbat, e seguimos o manual que eu preparei para fazermos juntos com nossa família e amigos.
Para baixar clique no link:
Por favor, se imprimir não descarte e nem queime as folhas, se precisar descartar entre em contato conosco.
Tudo de bom!

Os Escritos do Ari

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